Alesp aprova criação da Região Metropolitana de Jundiaí

Alesp aprova criação da Região Metropolitana de Jundiaí

Região vai englobar sete municípios com, no total, 800 mil habitantes

Por Gilberto de Almeida 09/11/2021 - 21:08 hs

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, nesta terça-feira (9/11), o Projeto de Lei Complementar 36/2021, do Executivo, que cria a Região Metropolitana de Jundiaí, composta por sete municípios e cerca de 800 mil habitantes. A proposta seguirá para sanção do Executivo e vai passar a valer a partir da data de publicação no Diário Oficial do Estado.

O projeto do governo chegou à Alesp no dia 14 de outubro e, por tramitar em regime de urgência, passou por apenas três dias de pauta. Depois, foi distribuído às comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR); Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP); e de Assuntos Metropolitanos e Municipais (CAMM), que deram aval à iniciativa em reunião conjunta realizada na tarde de hoje.

A nova região metropolitana paulista será composta pelos municípios de Jundiaí, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu Louveira e Várzea Paulista, que antes formavam a Aglomeração Urbana de Jundiaí.

A indústria é a principal atividade econômica da região, que também se destaca no setor de logística de distribuição, devido a sua localização, que permite fácil acesso às rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro 1°, aos principais aeroportos do Estado e ao Porto de Santos.

A formação dessa região metropolitana tem como objetivo o desenvolvimento socioeconômico regional e a articulação dos órgãos e entidades estaduais e municipais para melhor proveito dos recursos, o uso racional do território, a preservação do meio ambiente, a integração do planejamento e execução de funções públicas de interesse comum aos entes públicos da região e a redução da desigualdade regional.

A criação da Região Metropolitana de Jundiaí faz parte do projeto do governo de reorganização do território estadual para a promoção de políticas públicas e facilitação da captação de recursos para investimentos.

Em agosto, o governador sancionou a formação das regiões metropolitanas de Piracicaba e São José do Rio Preto, aprovadas na Alesp. Além delas, São Paulo conta com mais seis regiões metropolitanas - São Paulo, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Ribeirão Preto, Baixada Santista, Sorocaba e Campinas.

 Repercussão

O presidente da CFOP, Gilmaci Santos (Republicanos), elogiou a proposta do Executivo de reorganização territorial do Estado que, ao ver do parlamentar, já tem apresentado resultados positivos. "A idéia é fazer com que as secretarias possam se aproximar mais da população e com que as cidades possam se beneficiar trabalhando em conjunto em áreas como o transporte, saúde, segurança. A tendência é uma melhora para todas as regiões. As cidades estão se juntando e compartilhando as necessidades para conseguirem melhorias", disse.

O deputado Ricardo Madalena (PL) destacou a importância da criação de regiões metropolitanas para a promoção do desenvolvimento regional. "A regionalização fortalece a economia local, garante maiores investimentos para problemas comuns, moderniza a gestão pública e garante melhores resultados diante dos potenciais de cada uma", disse.

Já o deputado Enio Tatto (PT) questionou a sequência de criações de regiões metropolitanas. "O que tem mudado para as regiões que se tornam regiões metropolitanas? O que foi feito em conjunto pelos prefeitos? Se o governo não der um aporte, não der autonomia e não regulamentar essas regiões metropolitanas, é apenas uma venda de esperanças", falou.