Alesp aprova criação da Região Metropolitana de Jundiaí
Região vai englobar sete municípios com, no total, 800 mil habitantes
Região vai englobar sete municípios com, no total, 800 mil habitantes
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
aprovou, nesta terça-feira (9/11), o Projeto de Lei Complementar 36/2021, do
Executivo, que cria a Região Metropolitana de Jundiaí, composta por sete
municípios e cerca de 800 mil habitantes. A proposta seguirá para sanção do
Executivo e vai passar a valer a partir da data de publicação no Diário Oficial
do Estado.
O projeto do governo chegou à Alesp no dia 14 de
outubro e, por tramitar em regime de urgência, passou por apenas três dias de
pauta. Depois, foi distribuído às comissões de Constituição, Justiça e Redação
(CCJR); Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP); e de Assuntos Metropolitanos
e Municipais (CAMM), que deram aval à iniciativa em reunião conjunta realizada
na tarde de hoje.
A nova região metropolitana paulista será composta
pelos municípios de Jundiaí, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu Louveira
e Várzea Paulista, que antes formavam a Aglomeração Urbana de Jundiaí.
A indústria é a principal atividade econômica da
região, que também se destaca no setor de logística de distribuição, devido a
sua localização, que permite fácil acesso às rodovias Anhanguera, Bandeirantes
e Dom Pedro 1°, aos principais aeroportos do Estado e ao Porto de Santos.
A formação dessa região metropolitana tem como
objetivo o desenvolvimento socioeconômico regional e a articulação dos órgãos e
entidades estaduais e municipais para melhor proveito dos recursos, o uso
racional do território, a preservação do meio ambiente, a integração do
planejamento e execução de funções públicas de interesse comum aos entes
públicos da região e a redução da desigualdade regional.
A criação da Região Metropolitana de Jundiaí faz
parte do projeto do governo de reorganização do território estadual para a
promoção de políticas públicas e facilitação da captação de recursos para
investimentos.
Em agosto, o governador sancionou a formação das
regiões metropolitanas de Piracicaba e São José do Rio Preto, aprovadas na
Alesp. Além delas, São Paulo conta com mais seis regiões metropolitanas - São
Paulo, Vale do Paraíba e Litoral Norte, Ribeirão Preto, Baixada Santista,
Sorocaba e Campinas.
O presidente da CFOP, Gilmaci Santos
(Republicanos), elogiou a proposta do Executivo de reorganização territorial do
Estado que, ao ver do parlamentar, já tem apresentado resultados positivos.
"A idéia é fazer com que as secretarias possam se aproximar mais da
população e com que as cidades possam se beneficiar trabalhando em conjunto em
áreas como o transporte, saúde, segurança. A tendência é uma melhora para todas
as regiões. As cidades estão se juntando e compartilhando as necessidades para
conseguirem melhorias", disse.
O deputado Ricardo Madalena (PL) destacou a
importância da criação de regiões metropolitanas para a promoção do
desenvolvimento regional. "A regionalização fortalece a economia local,
garante maiores investimentos para problemas comuns, moderniza a gestão pública
e garante melhores resultados diante dos potenciais de cada uma", disse.
Já o deputado Enio Tatto (PT) questionou a
sequência de criações de regiões metropolitanas. "O que tem mudado para as
regiões que se tornam regiões metropolitanas? O que foi feito em conjunto pelos
prefeitos? Se o governo não der um aporte, não der autonomia e não regulamentar
essas regiões metropolitanas, é apenas uma venda de esperanças", falou.
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