Passa de 20 mil o número de casos de dengue registrados na região metropolitana de Campinas, interior de São Paulo, de acordo com último balanço da Secretaria Municipal de Saúde.
O levantamento aponta que de janeiro a outubro deste ano, Campinas, com mais de 11 mil casos, Santa Bárbara do Oeste, com pouco mais de 5 mil ocorrências e Americana, com mais de 4 mil pacientes, lideram o ranking das cidades com maior incidência da doença na região. O balanço destaca ainda que a região noroeste de Campinas é onde há a maior incidência de casos e que até outubro quatro pessoas morreram vítimas da dengue. Além disso, de janeiro até agora foram registrados 19 casos de Chikungunya.
O médico patologista clínico e gestor do Grupo Sabin Campinas, Alex Galoro, analisa com preocupação os números e alerta para os riscos de exposição aos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, causadores da dengue, chikungunya e zika. “Os arbovírus são verdadeiras ameaças à saúde pública e é preciso cuidado e atenção para evitar qualquer exposição a estas doenças”, observa.
De acordo com o especialista, o registro de casos dessas doenças aumenta consideravelmente no verão e alerta que pode haver crescimento nesta reta final de 2022, com a chegada de dias mais chuvosos.
“Combater o Aedes aegypti é a forma mais eficaz de prevenção e começa dentro de casa, com cuidados simples na rotina. Temos várias pesquisas de campo que mostram que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Portanto, uma rápida conferência se há água parada em pratinhos, nos vasos de plantas, ralos, telhados, calhas, garrafas, pneus, ou ambientes que possam servir de criadouros para o mosquito já é de grande valia. Cabe ainda salientar que em caso de necessidade de armazenamento de líquidos, é preciso cuidado para não deixar os reservatórios destampados e evitar assim que o mosquito coloque ovos dentro desses recipientes.”
O especialista observa ainda que localidades onde a perigosa combinação de altas temperaturas e grande incidência de chuvas podem contribuir para o aumento do número de criadouros. “O mosquito se prolifera em espaços úmidos e quentes e as regiões com temperaturas mais elevadas são muito propícias para o aedes. É preciso e é possível evitar ao máximo qualquer forma de exposição”, observa.
Resultados rápidos e tratamentos eficazes são primordiais
Ainda segundo o médico, é fundamental que a preocupação em conter a proliferação do mosquito seja uma causa recorrente nas campanhas de conscientização popular na região. Comprometido com a excelência diagnóstica na entrega de laudos precisos, o Grupo Sabin possui um portfólio atualizado, apto para suprir a demanda da população e assegura exames laboratoriais, entre eles o PCR Combo, que detecta com apenas uma amostra se o paciente está com dengue, chikungunya ou zika, e tem resultado em até sete dias úteis.
Galoro explica que o laboratório dispõe ainda do teste rápido para antígeno dengue (NS1, anticorpos IgG e IgM), com resultado em até um dia útil; a detecção e a tipagem do vírus da dengue por PCR, com resultado disponível em até sete dias úteis, e destaca o aumento significativo na procura pelos exames neste primeiro trimestre.
“O aumento de casos nos faz redobrar a atenção e reforçar movimentos de orientação para conscientização individual e coletiva a fim de evitar a proliferação do mosquito”.
O médico detalha também a importância de um diagnóstico correto para o sucesso do tratamento. “Um laudo preciso fornece a segurança para a melhor jornada do paciente e contribui para que o médico conduza o tratamento de forma resolutiva, com assistência adequada e providências em tempo hábil, se houver indícios de complicações no quadro clínico”, concluiu.
No Brasil, o número de casos de dengue notificados chega a 1,3 milhão Em todo o país, o número de casos de dengue no Brasil chegou a subiu para 1,3 milhão -- aumentando em mais de 1845% entre janeiro e outubro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento do Ministério da Saúde aponta ainda 909 óbitos confirmados pela doença.
Ainda de acordo com os indicadores da pasta, até agora, os casos de Chikungunya cresceram 89,9%, em relação ao ano passado. A soma de pacientes já ultrapassa 168 mil. Já os casos de zika tiveram aumento de 92,6% em 2022, mas nenhum óbito foi registrado.
A alta incidência de casos, motivou o Ministério da Saúde a instituir uma campanha com orientações sobre a dengue com o intuito de esclarecer a população sobre a transmissão, sintomas e tratamentos da doença. Com o tema “Todo dia é dia de combater o mosquito”, a iniciativa evidencia a prevenção como a melhor forma de combater a doença.
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