Na Escola Estadual Dr. Ricardo Genésio da Silva, em Osasco , alunos e professores enfrentaram uma semana desafiadora. Após o furto da fiação elétrica, a unidade ficou sem energia em plena onda de calor, mantendo as aulas mesmo sem condições mínimas de conforto e segurança. A resposta da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP), embora reconheça o furto, deixou muitas perguntas cruciais sem resposta.
A situação na escola
Com o calor excessivo e a falta de ventilação adequada, os relatos apontam para um ambiente insalubre e estressante. Professores e alunos passaram horas em salas abafadas, sem acesso a ventilação adequada e, em alguns casos, até mesmo sem água potável. Apesar disso, as aulas foram mantidas, levantando questionamentos sobre a prioridade dada ao bem-estar da comunidade escolar.
Perguntas sem respostas
Diante do ocorrido, uma lista de 15 questionamentos foi enviada à Seduc-SP, cobrando explicações sobre o protocolo adotado para emergências, a demora na solução do problema, e as medidas preventivas para evitar novas ocorrências. Entre as questões destacam-se:
A resposta oficial da Secretaria informou que os reparos internos foram concluídos e a energia elétrica foi restabelecida no dia 29. Além disso, destacou um investimento de R$ 11 milhões em infraestrutura para reformas em 26 escolas na região de Osasco. No entanto, as perguntas mais críticas sobre a gestão emergencial e o impacto nos alunos e professores ficaram sem respostas detalhadas.
Impacto na comunidade escolar
A manutenção das aulas em condições adversas gerou indignação entre pais, professores e alunos. Questiona-se se o foco excessivo em manter o calendário letivo comprometeu o bem-estar da comunidade escolar. Há relatos de mal-estar físico e psicológico, que podem ter consequências no aprendizado.
Falta de planejamento e prevenção
Casos de furtos e vandalismo em escolas estaduais são frequentes, expondo a fragilidade da segurança e da infraestrutura. Especialistas apontam a necessidade de planos de contingência claros e da modernização de sistemas críticos, como o de energia elétrica. A ausência de transparência e comunicação efetiva com a comunidade escolar também agrava a situação, gerando desconfiança e insatisfação.
Uma crítica construtiva ao governo
O Governo do Estado de São Paulo tem um papel fundamental na garantia de um ambiente escolar seguro e propício para o aprendizado. É imprescindível que as ações de manutenção e reparo sejam acompanhadas de estratégias de prevenção e de resposta rápida a emergências. A criação de um protocolo estadual claro para situações como furto de infraestrutura e intempéries poderia evitar a repetição de cenários como o enfrentado pela Escola Dr. Ricardo Genésio da Silva.
Além disso, o investimento anunciado em infraestrutura é positivo, mas precisa ser complementado por ações mais robustas de segurança, como sistemas de monitoramento e parcerias com as autoridades locais. Ao mesmo tempo, é essencial fortalecer os canais de diálogo com a comunidade escolar, garantindo que pais, alunos e professores sejam ouvidos e participem ativamente das decisões que afetam o cotidiano escolar.
O que está em jogo?
A situação na Escola Estadual Dr. Ricardo Genésio da Silva não é um caso isolado, mas parte de um cenário mais amplo de desafios enfrentados pelas escolas públicas no estado de São Paulo. A falta de respostas claras e medidas concretas por parte da Seduc-SP reforça a percepção de que há uma desconexão entre as necessidades reais das escolas e as ações do governo.
Conclusão
O episódio evidencia a necessidade de uma gestão educacional mais ágil, transparente e centrada nas pessoas. O governo tem a oportunidade de transformar crises como esta em um ponto de inflexão para implementar mudanças que reforcem a segurança, melhorem a infraestrutura e, principalmente, coloquem o bem-estar da comunidade escolar no centro das decisões. O momento exige compromisso e ação.
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